Machu Picchu: A cidade perdida dos Incas

  • 14 de outubro de 2019
Machu Picchu: A cidade perdida dos Incas


Um pouco da história:

Machu Picchu significa em quíchua, língua local, Machu Pikchu, "velha montanha". também chamada "cidade perdida dos Incas",é uma cidade pré-colombiana bastante conservada, localizada no alto de uma montanha a 2400 metros de altitude, no vale do Rio Urubamba. 

Não deixem de ver nossos Guias de Lima , Ica , Cusco e Machu Picchu.

Em relação a altitude Machu Picchu é considerada baixa em relação aos vizinhos Cusco (3400 metros) e outras cidades do Vale Sagrado (3800 metros).

A cidade Inca foi construída no século XV, sob o comando de Pachacuti, sendo o símbolo máximo do Império Inca.  Segundo os historiadores apenas cerca de 30% da cidade é de construção original, o restante foi reconstruído, contudo, as áreas reconstruídas são facilmente reconhecidas, pelo encaixe entre as pedras.

A cidade possui duas grandes áreas: a agrícola com seus vários terraços e os locais para guardar os alimentos; e a urbana, com destaque para a zona sagrada com templos, praças e mausoléus reais.

Outro fato que chama bastante atenção é a organização dos prédios, confirmando a grande capacidade daquela sociedade.

A Cidade Perdida apenas foi descoberta tardiamente em 1911, pelo professor americano, Dr. Hiram, e, atualmente, é uma das maravilhas do mundo e Patrimônio Mundial da Unesco.

Desde de 1930 o Peru passou a conservar e estudar o Santuário histórico, que representa  uma verdadeira obra de arte arquitetônica em perfeita harmonia com a natureza, se tornando um dos destinos do gênero mais cobiçados pelo turismo mundial.

Como ir para Machu Picchu: 

A forma mais tradicional para Chegar em Machu Picchu sem dúvida é através do trem Perurail. 

A única dúvida que existe é se o viajante deve partir de Águas Calientes ou de Cusco. Vou explicar um pouco para vocês decidirem a melhor forma:

Indo por Água Calientes: muitas pessoas têm como objetivo chegar bem cedo em Machu Picchu para aproveitar e fazer sua trilha! Desta forma, a única forma de se chegar a tempo é dormindo em Águas Calientes. Para quem faz essa opção o mais recomendável é ir fazer o passeio do Vale Sagrado e na volta ficar em Ollantaytambo e pegar o trem do final da tarde para Águas Calientes. 

Indo por Cusco: a opção mais cômoda é indo através de Cusco! A saída ocorre da cidade vizinha de Poroy, mais ou menos 30 minutos do centro de Cusco (30 soles o táxi). O trem tem duração média de 3 horas e 30 minutos. O trem que sai mais cedo é o das 6:40. Portanto, o viajante chegará por volta das 10 horas. E não terá tempo de fazer a trilha, porém pode aproveitar com bastante calma o destino. Essa foi a nossa escolha e não nos arrependemos!

Pagamos o valor extorsivo de cerca de 340 usd no trajeto de ida e volta (valor do casal)! Fomos no trem Vistadome 31 das 6:40 e voltamos no trem  Expedition 34 das 16:43.

Para maiores informações sobre a compra do ticket acesse aqui.

Ingresso: 

Além do valor do trem ainda é necessário comprar o ingresso para Machu Picchu.

Todos os dias apenas 2500 pessoas estão autorizadas a subir na atração. Na época de alta estação (de abril a agosto) é recomendável comprar o ingresso com antecedência.

Nosso ingresso custou 128 soles! Para maiores informações acessem esse link.

Mas não ache que os custos acabaram! Ainda será necessário comprar o ticket do ônibus para subir de Machu Picchu Pueblo (mesma coisa que Águas Calientes) até Machu Picchu que custou 24 usd (ticket de ida e volta por pessoa).

Quando ir:

A região possui duas épocas do ano: a seca e a chuvosa. A seca, que é a melhor época, vai dos meses de abril a novembro e a chuvosa de dezembro a março. 

Fomos em dezembro e graças a Deus não pegamos uma gota de chuva.

O que levar:     Roupa leve, protetor solar, chapéu, tênis ou bota, dinheiro, documento de identificação, um litro de água por pessoa e uma boa máquina para registrar tudo!

Nossa experiência:

Saímos de Poroy, estação a 30 minutos de Cusco, às 6:40 da manhã no trem Vistadome  31. O trajeto é feito no meio do Vale Sagrado com a presença constante do rio Urubamba e vários povoados e plantações. 

O trem é muito confortável e ofereceu um café da manhã com comidas locais! Chegamos em Machu Picchu Pueblo, também conhecida por Águas Calientes por voltada das 10 da manhã. A cidade é bastante agradável, com um grande artesanato, muitos hotéis e restaurantes. 

Assim que chegamos fomos direto comprar nosso bilhete para o ônibus que leva até Machu Picchu. O ticket de ida e volta custou 24 usd e tem duração de 25 minutos.

Pegamos o ônibus e desembarcamos na base do sítio arqueológico! Fomos ao banheiro, compramos água e tratamos de procurar um guia. Existem vários no local e custa 150 soles se for privado ou 25 soles por pessoa se for compartilhado com outras pessoas.

Optamos pela segunda opção é dividimos com uns 4 outros casais! Sem a contratação de um guia toda aquela beleza não passará de um monte de pedras. 

O local é imenso. Passamos cerca de 2 horas e meia recebendo uma verdadeira aula de história. É impressionante como os Incas conseguiram ter aquela noção em diversos aspectos (engenharia, agricultura, astronomia) há tantos séculos atrás.

Os locais que mais nos chamaram atenção foram: setor agrícola, a praça principal, o Templo do Sol e o local onde possui a vista para foto clássica de Machu Picchu com a visão geral do sítio com WaynaPicchu ao fundo.

No total passamos mais ou menos 3 horas percorrendo a Cidade Inca. Na volta, tivemos que enfrentar 30 minutos de fila para pegar o ônibus.

Para quem gosta de um carimbo no passaporte, Machu Picchu possui um carimbo especial para registar no seu passaporte! Como bons viajantes não perdemos essa oportunidade! 

Já em Águas Calientes almoçamos em um dos vários restantes que ficam no centro da cidade e depois fomos dar uma conferida no artesanato local. Comemos uma pizza e tomamos 2 cervejas de um litro e pagamos 70 soles.

O artesanato é bem bacana e imenso, contudo, no quesito qualidade na minha opinião o melhor que visitamos foi o de Písac. 

Por fim, embarcamos no trem das 16:40 horas e voltamos para Poroy e em seguida para Cusco.

Não deixem de ver nosso vídeo com um pouquinho do nosso passeio:

Enfim, em que pese ter sido um dos passeios mais caros da minha vida, cerca de 225 usd por pessoa (trem de ida e volta + ingresso + ônibus de ida e volta + guia), tudo valeu a pena e foi, sem dúvida, um dos locais mais bonitos que já visitamos. 



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Sobre o Autor

Marcio Vital Valença

Advogado e explorador do mundo nas horas vagas. Conhece mais de 55 países em todos os continentes. Instagram @marcionomundo

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