Maldivas: um dos destinos mais cobiçados do mundo

  • 02 de outubro de 2017
Maldivas: um dos destinos mais cobiçados do mundo


E você também encontrará se a sua definição de paraíso contemplar uma ilha deserta, a água mais quente, azul e transparente que você puder imaginar, uma areia branquinha e uma vida marinha riquíssima. Entretanto, como boa parte dos paraísos espalhados pelo mundo, chegar lá não é tão simples e barato, mas te darei algumas dicas que podem torná-lo um pouco mais possível. Vamos lá?

 

 

Informações básicas:
  

Maldivas é um arquipélogo formado por mais de 1190 ilhas, dentre as quais somente 200 são habitadas. Dentre essas, pouco mais de 100 são ocupadas por resorts, havendo, normalmente, um resort por ilha.

 

 

Religião: Trata-se de um país muçulmano, dessa forma, é proibido o ingresso, no país, de bebidas alcoólicas (então esqueça a idéia de comprar um champanhe no free shop, pois ele será confiscado). Porém, não precisa se preocupar, dentro dos resorts é permitido o consumo de tais bebidas, isso porque, o país perderia muito, em termos de turismo, se os hotéis não pudessem comercializar as bebidas alcoólicas. Dessa forma, foi aberta uma exceção. 

 

Apesar de se tratar de um país muçulmano, não há restrições (e nem olhares reprovadores) com relação às nossas roupas de banho. Podem ir tranquilos e preparem-se para conhecer a roupa de banho própria das mulheres mulçumanas - não é sempre que temos essa oportunidade.

 

Indicado para: Maldivas tem o cenário perfeito para casais em lua de mel ou comemorando alguma data especial, desde o cenário paradisíaco, à mordomia, tudo inspira romance. Entretanto, várias famílias visitam o país em busca de sossego, mar calmo e todo o conforto que um resort proporciona.

 

 

E é também indicado para aqueles que gostam de esportes aquáticos, pois também é local para a prática de surf e mergulho. Portanto, não tem contraindicações.

 

Informações práticas:

 

O idioma oficial é Dhivehi, mas não se preocupe, o Inglês é falado por toda a população que trabalha com o turismo.

 

Embora a moeda oficial seja a Rufiyaa  (também chamada de Rúpia Maldívia), é desnecessário fazer câmbio, uma vez que, dentro dos resorts, todos os valores são em dólares.

 

Voltagem: 220v

 

Documentos:

 

Para entrar no país, os brasileiros não necessitam de visto, mas é obrigatória a apresentação de passaporte com validade mínima de 6 (seis) meses, bem como da carteirinha internacional de vacinação contra febre amarela (você deve levar sua carteira de vacina a um dos centros de atendimento da Anvisa e ela fica pronta na hora - através deste site você encontra o centro mais próximo: http://www.anvisa.gov.br/hotsite/viajante/centros.pdf).

 

Importante ressaltar que a vacina só faz efeito 10 dias depois de aplicada, portanto, não deixe para tomá-la poucos dias antes da viagem, senão poderá ter problemas ao chegar ao país. 

 

Quando ir:

 

 

As Maldivas estão situadas no Oceano Índico, a sudoeste da Índia e são definidas por duas estações: a seca (entre novembro e abril) e a chuvosa (entre maio e outubro), quando acontecem as monções, que são fortes tempestades acompanhadas de ventania. 

 

Se o seu objetivo é ir para surfar, entre abril e outubro começa a temporada de surf no país, sendo que os meses entre junho e setembro são considerados os melhores. 

 

Entretanto, a maioria das pessoas busca as Maldivas para curtir seu mar sem ondas e seu céu ensolarado, dessa forma, o ideal é ir na época da seca.

 

 

Porém, o país não é considerado um paráiso à toa, em razão de sua privilegiada localização, sua temperatura varia muito pouco ao longo do ano e as temidas monções não afetam o país como ocorre na grande parte dos países asiáticos, isso porque, apesar da possibilidade de chuva forte, elas não duram o dia inteiro. 

 

Considerando isso, decidi arriscar e fui no início do período das monções (maio de 2015) e, sorte ou não, não peguei um dia sequer de chuva.

 

Como chegar:

   

Não existe nenhuma companhia aérea que faça o trecho Brasil/Maldivas de forma direta. A grande maioria dos pacotes turísticos vendidos no Brasil é com passagens que passam pelos Emirados Árabes com destino ao pequeno país.

 

As empresas que, normalmente, fazem o trecho São Paulo/Malé com apenas uma escala ou conexão são a Emirates (via Dubai), Ethiad (via Abu Dhabi), Qatar (via Doha), Turkish (via Istambul) e Lufthansa (via Frankfurt).

   

Independente da cia aérea, todos os voos chegam e partem do Aeroporto Internacional Ibrahim Nasir que fica em Male, a pequena capital do país.

 

Lá chegando, você verá vários guichês com os nomes dos hotéis/resorts e, encontrando o seu, eles te levarão para o local onde você pegará o meio de transporte para a sua hospedagem. Existem duas opções a partir daí: hidroavião ou lancha rápida. O que define o tipo de transporte que você vai utilizar é a distância da capital ao seu resort, caso esteja mais próximo de Male será a lancha, caso esteja mais distante, será o hidroavião.

 

Para chegar ao meu hotel utilizei o hidroavião e foi uma experiência única, que recomendo. Me senti segura todo o tempo (apesar de achar bem inusitado o piloto ficar descalço durante todo o voo), o pouso e a decolagem são mais suaves do que de voos normais, sem contar que foi incrível ver aquele mar maravilhoso e seus atóis do alto.

 

 

Paguei 340 dólares, por pessoa, no hidroavião, valor pago diretamente ao resort e cobrado junto com as diárias. 

 

Vale ficar atento quanto ao horário que o seu vôo aterrisa em Male, para evitar um pernoite desnecessário na cidade, isso porque os hidroaviões só voam durante o dia e, caso você chegue final da tarde ou noite, não terá como ir para seu resort.

 

Minha escolha: antes de explicar a forma (não convencional) que escolhi para fazer a viagem, quero lembrar que a minha viagem ocorreu em maio de 2015 e, naquele momento, o dólar comercial variava entre 2,98 e 3,18, portanto, não necessariamente, você, seguindo meus passos, conseguirá economizar da mesma forma. Mas fica a dica para pesquisar e pensar em opções alternativas.

 

Eu teria muitos dias de férias e, infelizmente, não poderia passá-los todos nas Maldivas (não por falta de vontade hehehe), então comecei a pensar em opções de cidades para incluir no roteiro.

   

Apesar de o trajeto mais comum ser via Oriente Médio, eu não tinha interesse em passar todo o restante das minhas férias somente pela região, assim, decidi que poderia ser uma boa idéia emendar a viagem com algum país europeu, já que o continente fica na metade do caminho. 

 

Já era um desejo antigo conhecer a Inglaterra e, considerando que lá fica um dos aeroportos mais movimentados do mundo em tráfego aéreo internacional, vi que não seria um problema pegar um voo que saísse de lá com destino ao pequeno país asiático.

 

Entretanto, para garantir que a minha passagem passasse pelo país, eu teria que comprar uma de múltiplos destinos, o que sairia por uma pequena fortuna. Dessa forma, simulei uma compra de passagem saindo de Londres com destino às Maldivas e vi que, mesmo que eu tivesse que comprar outra passagem saindo do Brasil para Londres (ou seja, 2 passagens internacionais), ainda assim, ficaria mais barato que somente a passagem Brasil/Maldivas. Dessa forma, paguei menos para conhecer as Maldivas e, de brinde, pude conhecer a Inglaterra.

 

Prós: o principal ponto positivo dessa escolha foi o valor, fazendo dessa forma consegui uma economia de quase 2 mil reais em cada passagem. Outro ponto positivo é que tive autonomia para escolher a cidade que queria conhecer antes de partir para as Maldivas.

 

Contras: como emiti as passagens de forma independente (uma do Brasil para a Europa e outra da Europa para Maldivas) existia o risco de ter algum problema em um dos trechos, como atrasos ou cancelamentos, e acabar perdendo o outro. 

 

Para minimizar o risco, cheguei à Europa com mais de 1 semana de antecedência para a saída para as Maldivas e, na volta, parei na Europa por 2 (duas) noites antes da saída do meu vôo para o Brasil.

 

Essa possibilidade, porém, demanda um tempo maior, sendo, portanto, aconselhável para quem terá mais dias de férias e deseja aliar Maldivas a um destino europeu de forma mais econômica. Assim como demanda um gasto com diárias a mais do que se o vôo fosse direto, porém, não é gasto se consideramos que as diárias a mais foram “gastas” conhecendo um destino do meu interesse.

 
Onde se hospedar:

   

Com certeza essa é a maior dificuldade de todos os turistas que decidem ir para as Maldivas. Isso acontece porque, além de ser o maior custo da viagem, você estará preso ao resort que escolher, uma vez que lá não existe a possibilidade de ficar passeando entre as ilhas, então caso a escolha não seja bem feita você arcará com ela por todos os dias da viagem.

 

A escolha de hospedagem nas Maldivas começa pelo que você considera imprescindível no hotel (ex.: se é imprescindível dormir em uma palafita sobre a água, ou se o resort precisa ter spa ou um restaurante reconhecido). 

 

Essas escolhas já delimitarão uma parte das opções possíveis. Assim, cabe verificar qual das escolhas se encaixa no seu orçamento e reservar. Minha dica: nunca esqueça de verificar as avaliações dos hotéis pelos hospedes em sites especializados (tripadvisor, booking, etc).

 

Se você curte mergulho de cilindro ou mesmo de snorkel, vale a pena levar em consideração a localização do seu resort, os atóis Ari, Faafu e Baa são os que possuem a fauna marinha mais rica da região.

 

Minha escolha: eu não fazia questão de me hospedar em uma palafita. Embora ache incrível, extrapolava o meu orçamento, já que elas costumam custar mais que o dobro do valor de um bangalô de frente para o mar. Encontrei algumas opções de palafitas com preços razoáveis em resorts mais simples, mas que esbarravam em outros critérios que eu considerava imprescindíveis (como ter uma boa piscina para curtir o final do dia, uma boa estrutura e boa avaliação pelos hospedes).

 

 

Outro critério que levei em consideração na hora da escolha foi de o resort ter a opção all inclusive ou pensão completa, uma vez que, estando restrita aos restaurantes do resort da minha escolha, não faria sentido pagar as refeições à parte, e isso reduziu, consideravelmente o preço da viagem (mas também reduziu as opções de resorts, uma vez que a maioria das redes ocidentais não oferecem essa opção).

   

Levando tudo isso em consideração, optei pelo Vilamendhoo Island Resort & Spa (http://www.vilamendhooisland.com/) e adorei. 

   

O resort não está na categoria de luxo, mas não me decepcionou. Ele é novo, as fotos do site são fiéis ao que você irá encontrar, tem uma vasta opção de atividades, o staff sempre muito atencioso, eles disponibilizam um lounge no aeroporto para esperar o horário do vôo, possui uma boa variedade de alimentos durante as refeições (especialmente se você levar em conta que está numa ilha no meio do nada e que as coisas não chegam lá com facilidade) e que eram gostosas (embora não fossem sofisticadas).

 

 

Soube que, no período que estavámos lá, o resort estava com lotação máxima e, em momento nenhum, senti isso, pois a ilha tem um tamanho considerável (para os padrões de lá) e, com exceção dos horários das refeições, sentíamos que a ilha era só nossa.

 

Com certeza o resort atendeu as minhas expectativas e eu não só recomendo, como ficaria novamente lá.

 

 
O que fazer:

 

As Maldivas são o local perfeito para viver o dolce far niente, mas se você faz parte do time que não consegue ficar muito tempo parado, também não será um problema, pois grande parte dos hotéis oferece atividades e passeios capazes de ocupar todos os seus dias na ilha.

 

Entre os mais comuns estão:

 

mergulho de cilindro é considerado um passeio imperdível por lá, uma vez que a vida marinha nos atóis é incrível (no meu resort, o mergulho de batismo custava, à época, 180 dólares por pessoa). 

 

Existe também o passeio onde você é levado, pela manhã, para uma ilha deserta, onde terá um picnic a espera do casal e eles só voltam para buscá-los após o almoço. Parece ser muito romântico e diferente, mas não senti vontade de fazer, uma vez que já tinha a sensação de que a ilha era só nossa todo o tempo, portanto, não achei que valeria o investimento (US$245 o casal).

 

Para aqueles que sentem falta de conhecer mais sobre a cultura do país, um passeio indicado é o que sai do resort para conhecer uma ilha de moradores, onde você conhecerá seus costumes e estilo de vida (custa US$28 por pessoa).

 

O único passeio que me arrependi de não ter feito foi o de nadar com tubarão baleia. Como não sabia muito a respeito, fiquei com receio. Mas se seu objetivo for fazer esse passeio, tente se hospedar nos atóis Ari e Baa, uma vez que nesses locais há maior chance de encontrar o tubarão durante todo o ano. Estando em outros locais, será mais fácil encontrá-los de maio a novembro, quando inicia-se a temporada (US$55 por pessoa, no nosso hotel).

 

Já dos passeios que fiz, recomendo o passeio de caiaque ao redor da ilha, foi bem divertido e, diferente dos demais, você pode fazer a qualquer horário do dia e pelo tempo que desejar (custava 20 dólares por 1 hora).

 

 

Fiz, também, o passeio de barco para ver o pôr do sol. Gostei, pois você vê o pôr do sol com a ilha de fundo, mas não é imperdível, uma vez que o pôr do sol lá é bonito mesmo em terra firme. Acredito que se o passeio fosse privativo seria mais romântico (US$32 por pessoa).

 

 

No nosso resort existia uma infinidade de tratamentos no spa, fizemos uma massagem relaxante em casal, foi uma delícia e super recomendo, especialmente se tiver uma vista como a nossa (valores variam de acordo com o pacote escolhido).

 

 

Mas o que, na minha opinião, mais vale fazer por lá é curtir aquele mar maravilhoso, mergulhar com snorkel ao redor da ilha e aproveitar cada segundo por lá.

 

 

Por fim, se você estiver comemorando alguma data especial, não deixe de reservar um jantar na beira da praia. A minha viagem foi em comemoração aos 10 anos que estou com meu marido e, por isso, ele reservou, de surpresa, o jantar. No nosso hotel ele custou US$ 175 (o casal) e você pode escolher todos os pratos e sobremesas a serem servidas. 

 

Foi realmente especial encerrar a viagem comemorativa dessa maneira.

 

O que usar:

 

Levando em conta todas as atividades que existem para fazer por lá, você, provavelmente, passará o dia inteiro de roupa de banho (exceto para entrar nos restaurantes, claro!), o que é ótimo, considerando que a franquia de bagagem do hidroavião é de apenas 15kg na bagagem despachada e 5kg na bagagem de mão. Portanto, não se preocupe em levar nada mais que muito protetor solar, roupa de banho, máquina fotográfica subaquática, chinelo ou rasteirinhas (nada de sapato fechado, dependendo do resort, o único lugar que não tem areia é dentro do seu quarto).

 

Uma dica: não esqueça de levar todos os produtos de necessidade básica (protetor solar, remédios, repelente - apesar de não ter sido picada em momento algum), os valores dentro dos resorts chegam a ser proibitivos (exemplo: um par de havaianas custava US$ 80 dentro do resort que me hospedei).

 

Quanto tempo ficar:

 

O deslocamento para as Maldivas não é fácil e tampouco barato, por isso, indico, no mínimo, 5 (cinco) diárias. Se você for um apaixonado por praia, fique o quanto seu orçamento permitir, te garanto que não irá se arrepender.

 

Realmente não é um local barato, especialmente com a desvalorização da nossa moeda, entretanto, é um local único no mundo e é a materialização do sonho de ter uma ilha deserta somente para você… vale todo o esforço.

 

Minha viagem ocorreu em maio de 2015. Cotação do dólar à época: entre 2,98 a 3,18. Foram 5 diárias.

 

Espero que tenham gostado de nossoas dicas. Qualquer dúvida é só perguntar que teremos o maior prazer em respondê-los.



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Sobre o Autor

Rhyane Baena

Adora pesquisar e programar viagens... essa parte é quase tão boa quanto ir. Então por que guardar essas descobertas só pra mim? @rhyane

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